Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam E nas noites brilhantes as palavras voavam E eu via que o céu me nascia dos dedos E a Ursa Maior eram ferros acessos Marinheiros perdidos em portos distantes Em bares escondidos em sonhos gigantes E a cidade vazia da cor do asfalto E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas Quem me salva desta espada Quem me diz onde é a estrada Quem me leva os meus fantasmas Quem me leva os meus fantasmas Quem me salva desta espada E me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam Em que homens negavam o que outros erguiam Eu bebia da vida em goles pequenos Tropeçava no riso abraçava venenos De costas voltadas não se vê o futuro Nem o rumo da bala nem a falha no muro E alguém me gritava com voz de profeta Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
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De que serve ter o mapa se o fim está traçado De que serve a terra à vista se o barco está parado De que serve ter a chave se a porta está aberta De que servem as palavras se a casa está deserta
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Compositor: Pedro Machado Abrunhosa (Abrunhosa Pedro) (SPA)Editor: Polygram Music Publishing S.a.Publicado em 2007ECAD verificado obra #4866947 e fonograma #6266672 em 11/Abr/2024