Partiu na madrugada, Sem se deixar fazer cancao. De mao aberta se fez à estrada, Tracando sonhos pelo chao. «Nesta cidade faz sempre frio» Disse o taxista que a apanhou, Sem reparar no olhar vazio E no corpo que o habitou.
Da janela ve-se Um lugar bem melhor. Esta casa, Esta esquina, Ou seja onde for. “Tenho que parar”- pensou, E tentou nao dormir.
Porque tudo o que queres É alguém para amar. Uma sombra, Um chao devagar. E tudo o que tens É um nada a perder. Um segredo, Mais uma noite a vencer.
O silencio louco da cidade Apanhou-a desprevenida. Entrou num bar em tons de roxo E no azul de uma bebida. Atravessou o rio Uma ultima vez, Pela ponte inexistente. Foi encontrada junto ao cais, Vestindo uma nudez diferente.
Agora ja tens tempo Para rir das estrelas, Como gostavas E fazias com elas. E nos cinemas, Era a tua voz no ecra. Uma bandeira, Uma maneira De beijares a manha.
Refrao
Compositor: Desconhecido no ECADIntérprete: Pedro Machado Abrunhosa (Abrunhosa Pedro) (GDA)Publicado em 2002ECAD verificado fonograma #13024298 em 12/Abr/2024